GERAÇÃO C
[leia o texto e baixe o infográfico ao final]
Em 2012 o autor Brian Solis definiu a “Geração C” – consumidores que têm a conectividade, comunidade, criação e curadoria como valor e parte inegável de sua vida, do modo como se relacionam entre si e com a realidade que os cerca. A Geração C não é um recorte demográfico (de idade, renda ou geografia), e sim “psicográfico”, ou seja, de comportamento frente ao ambiente digital. Segundo o Google,
65% da Geração C tem menos de 35 anos, está conectada nas redes e quer ter sua voz ouvida. A educação midiática, portanto,
reconhece a urgência de encontrar os alunos onde eles já estão – circulando livremente por todos esses territórios das mídias e da informação dentro e fora da escola, sem que estejam adequadamente preparados para experiências conscientes e responsáveis de produção e consumo de mídias.
Se você precisar de argumentos, veja o que a organização
canadense MediaSmarts listou como 10 boas
razões para o ensino da educação midiática:
1) A educação midiática incentiva os jovens a questionar,
avaliar, entender e apreciar sua cultura multimídia,
ensinando-os a se tornar consumidores e
usuários de mídia ativos e engajados.
2) A educação midiática traz o mundo para a sala de
aula, dando atualidade e relevância a pautas como
direitos humanos, saúde, meio ambiente etc. Serve como uma ponte perfeita para integração de temas e estudos interdisciplinares.
3) A educação midiática incorpora e promove as visões
mais atuais de educação que enfatizam o aprendizado
centrado no aluno, o reconhecimento de múltiplas
inteligências e a análise e gerenciamento – e não
apenas o simples armazenamento – de informações.
4) A educação midiática baseia-se na sólida abordagem
pedagógica de começar o aprendizado do ponto
onde as crianças estão. As mídias – música, quadrinhos,
televisão, videogame, internet e anúncios –
fazem parte da vida que todas as crianças apreciam.
As mídias criam um ambiente compartilhado e, portanto,
são catalisadoras do aprendizado.
5) A educação midiática incentiva os jovens a usar
criativamente as ferramentas multimídia, uma estratégia
que contribui para o “aprender fazendo” e os
prepara para uma vida profissional que exige cada vez
mais o uso de formas sofisticadas de comunicação.
6) Em uma sociedade preocupada com o aumento
da apatia pelo processo político, a educação midiática
envolve os jovens em questões do mundo real.
Ajuda-os a ver-se como cidadãos ativos e potenciais
contribuintes para o debate público.
7) Em uma sociedade diversa e pluralista, a educação
midiática ajuda os jovens a entender como os
retratos da mídia podem influenciar a maneira como
vemos os diferentes grupos da sociedade: aprofunda
a compreensão dos jovens sobre diversidade, identidade
e diferenças.
8) A educação midiática ajuda no crescimento pessoal
e no desenvolvimento social, explorando as
conexões entre a cultura popular – música, moda,
programas de televisão, filmes e publicidade – e suas
atitudes, estilo de vida e autoimagem.
9) A educação midiática ajuda as crianças a refletir
sobre a representação na mídia, ensinando-as a distinguir
a realidade da fantasia: violência na mídia
versus violência na vida real; heróis da mídia versus
heróis da vida real; modelos da mídia versus papéis
e expectativas da vida real.
10) A educação midiática é um componente essencial
do aprendizado das tdic s, auxiliando os jovens
no desenvolvimento de habilidades e estratégias de
pensamento crítico para otimizar pesquisas, avaliar
e validar informações e examinar questões de plágio
e direitos autorais.
[Este conteúdo é parte integrante do Guia da Educação Midiática que é uma obra do EducaMídia – programa de educação midiática desenvolvido pelo Instituto Palavra Aberta, com apoio do Google.org. O livro conta também com o suporte do Instituto Itaú Social.]